21.8.09

Alguns trocados

"Sobre a vida, a morte e alguns trocados", de Luís Eduardo, será a peça encenada neste sábado, dia 22, dentro do projeto virtual Teatro para Alguém. Às 21 horas você pode assistir ao vivo na internet.

Silvia Faro e Marcos Gomes estão no elenco. Luís Eduardo integra o Centro de Dramaturgia Contemporânea.

O projeto Teatro para Alguém foi criado pela atriz Renata Jesion e pelo fotógrafo e cenógrafo Nelson Kao.

10.8.09

Medusa

O poeta e filósofo Antonio Cicero indica em Blog “Sorriso de Medusa” o trabalho delicado que Luciana Miranda Pennah vem fazendo ao escrever sobre literatura, teatro, cinema e outras artes, além de seus próprios contos e crônicas, bem-humorados, ansiosos e, por vezes, perturbadores.

O blog de Luciana – que, em 2009, foi selecionado para a exposição “Blooks”, sobre a relação entre literatura e web, com curadoria de Heloísa Buarque de Hollanda, realizada no Sesc Pinheiros – já teve textos linkados aqui no Cena breve, sobre a peça e o bate-papo de Fernandona sobre Beauvoir (ver no marcador "Dramaturgia").

6.8.09

O direito ao subterrâneo


A atriz Mika Lins leva ao palco a adaptação homônima que fez (com Ana Saggese) da novela “Memórias do subsolo”, escrita por Dostoiévski em 1864 e traduzida para o português por Boris Schnaiderman.



No 3º andar do Sesc Consolação, a peça cria o seu “subsolo” e nos dá a chance de vermos em carne e osso o narrador de Dostoiévski e sua visão nada complacente da civilização, da ciência e da cultura e, antes de tudo, sua defesa ao direito que todo homem tem de ter suas próprias vontades e até afastar-se da razão para “desejar para si mesmo algo muito estúpido, sem estar comprometido com a obrigação de desejar apenas o que é inteligente”.

A direção da peça é de Cassio Brasil e a iluminação, de Silvestre. Cassio também assina a cenografia, repleta de bitucas de cigarro – sim, Mika Lins fuma em cena, com todo o direito que o teatro lhe dá.

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Foto: Caio Guatelli.

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Para quem quiser ler o texto na íntegra, a obra de Dostoiévski, com a tradução de Boris Schnaiderman, tem edição recente da editora 34.

5.8.09

Minhas roupas


Nesta sexta feira, dia 7, tem peça nova no site http://www.teatroparaalguem.com.br: “Minhas roupas”, de Nadya Milano com direção de Rafael Carvalho. No elenco, José Cetra e Marcos Gomes.

Teatro para alguém é o projeto de teatro virtual criado pela atriz Renata Jesion e pelo fotógrafo e cenógrafo Nelson Kao.

A peça de Nadya acontece ao vivo, às 21 horas. Quem não puder assistir, pode acessar o site depois e procurar pela cena. Mas o bacana é assistir ao vivo, claro.

3.8.09

Please, come back




Eis que numa fria noite de julho, a plateia do Studio SP foi transportada para a São Paulo dos anos 80, quando subiu ao palco a banda Fellini. Uma das melhores representantes daquela época, deixou como legado cinco discos e várias músicas poéticas e estranhas que os fãs sabem de cor.

O show celebrou os 25 anos da banda de Cadão Volpato, Thomas Pappon, Jayr Marcos e Ricardo Salvagni e celebrou também, por que não?, a década de 80. E, ao mesmo tempo, não foi e nunca seria um show para celebrar década alguma porque as músicas do Fellini são absolutamente atemporais. Ao lado das Mercenárias, Violeta de Outono e outros poucos nomes, o Fellini trilhou/trilha um caminho especial no rock brasileiro dos 80, chamado por muitos de underground - longe do mainstream (Titãs, Legião Urbana, Barão Vermelho, Paralamas) e a léguas e léguas e léguas do trash (representado por grupos que contavam histórias de ursinhos de brinquedo e coisas assim).

Como os shows dos caras são muito raros – eles não fazem questão de aparecer e, além disso, Thomas Pappon mora em Londres –, a apresentação foi quase um acontecimento. Na platéia, musas darks contemporâneas criavam um clima retrô-século 21; no set list, músicas como “Teu inglês”, “Rock europeu”, “Zum zum zum zazoeira” e “Ambos mundos”, todos hits de uma banda sem hits, que nunca tocou no rádio, a não ser em programas igualmente undergrounds. Músicas poéticas e estranhas que os fãs sabem de cor.

Mas bem melhor do que ler sobre o Fellini, é ouvir seus vinis ou CDs – eles existem na Baratos Afins, loja da gravadora dos caras, na Galeria do Rock, SP – ou ver a banda (deve ter algum registro do show no You Tube).

E pedir: Fellini, please, come back. Vai que o mundo explode em pedaços outra vez.