14.12.09
Meio dia no Faroeste
Termina nesta semana “Meio dia do fim”, nova montagem do Pessoal do Faroeste.
Paulo Faria, autor e ator da peça, a define como “a história de um casal que, mesmo sem amor, está junto há trinta anos. Ao descortinar os motivos que sustentam este relacionamento, o espetáculo lança luz sobre a questão do latifúndio e cria paralelos entre os conflitos do casal e o conflito inevitável entre a propriedade privada e a função social da terra”.
Escrito em 1992, “Meio Dia do Fim” só saiu da gaveta este ano, quando Paulo também resolveu voltar a atuar. “Assim me aproximei de Jorge [seu personagem], para viver o abandono do amor, pela propriedade. Essa dor guardada em suas veias, em seus silêncios”.
Para levar ao palco sua peça, Paulo Faria optou por não dirigi-la e convidou Iarlei Rangel, que fez codireção em “Os crimes do Preto Amaral”, escrita e dirigida por Paulo.
Inspirado no casal latiundiário, Iarlei explica sua relação com a dramaturgia de “Meio dia do fim”: “Ao invés de nos apropriarmos do texto, nós o ocupamos. Ocupamos para alargar o seu sentido e para refletir sobre a própria função social do nosso trabalho. É desta forma que consideramos que a aridez proposta pelo espetáculo é uma forma de ocupação do texto”.
Em cena, ao lado de Paulo, está Marilza Batista, que retorna aos palcos após dez anos. Iarlei Rangel também assina a luz. Cenografia e figurino de Lívia Loureiro. Preparação de atores por Renan Rovida.
5ª e 6ª, às 20 horas. Até 18 de dezembro. Na Sede Luz do Faroeste – Alameda Cleveland, 677, Campos Elíseos. Pague quanto puder.
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Comentários de Paulo Faria e Iarlei Rangel estão no blog do Pessoal do Faroeste.
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Fotos|Lenise Pinheiro
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